Quando se ora erradamente.
Por:
A. W. tozer
Algumas vezes ora-se não só em vão, mas também errado. Vejamos o exemplo: Israel fora derrotado em Ai, e “Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças” (Josué 7:6).
De
acordo com a nossa atual filosofia do reavivamento, isso era o que devia ser
feito e, uma vez que isso se fizesse continuamente, é certo que convenceria a
Deus e Ele acabaria concedendo aquela bênção. Mas, “disse o Senhor a Josué:
Levanta-te; por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e
violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara... Dispõe-te, santifica o
povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor Deus de
Israel: ...aos vossos inimigos não podereis resistir enquanto não eliminardes
do vosso meio as cousas condenadas” (Josué 7:10-13).
Precisamos
de uma reforma dentro da Igreja. Pedir que um dilúvio de bênçãos caia sobre uma
igreja desobediente e decaída é desperdiçar tempo e energias. Nova onda de
interesse religioso apenas conseguirá adicionar números às igrejas que não
tencionam submeter-se à soberania de Jesus e nem buscam obedecer aos
mandamentos dEle. Deus não está interessado tan¬to em aumentar a freqüência às
igrejas, mas em fazer com que tais pessoas emendem seus caminhos e comecem a
viver santamente.
Certa
vez o Senhor pela boca do profeta Isaías disse palavras que aclaram este
assunto de uma vez por todas: “De que me serve a mim a multidão de vossos
sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiro, e da
gordura de animais cevados, e não me agrado do sangue dos novilhos, nem de
cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos
requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o
incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a
convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao
ajuntamento solene... Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vos¬sos atos
de diante dos meus olhos: cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem;
atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão,
pleiteai a causa das viúvas... Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor
desta terra.” (Isaías 1:11-17,19.
Os
rogos, pedindo reavivamento, só serão ouvidos quando acompanhados de uma
radical emenda ou reforma de vida; nunca antes. Reuniões de oração que
atravessam a noite mas não são precedidas de verdadeiro arrependimento só podem
desagradar a Deus. “O obedecer é melhor do que o sacrificar.” (1 Samuel 15:22.)
Urge
voltarmos ao cristianismo do Novo Testamento, não apenas no que respeita ao
credo mas também na maneira completa de viver. Separação, obediência,
humildade, naturalidade, seriedade, autodomínio, modéstia, longanimidade: tudo
isso precisa ser novamente parte vivificante do conceito total do cristianismo
e aparecer no viver cotidiano. Precisamos purificar o templo, tirando de dentro
dele os mercenários e os cambiadores, e ficarmos outra vez inteiramente sob a
autoridade do Senhor ressurreto. E isto que aqui agora dizemos aplica-se a quem
escreve estas linhas, bem como a cada um dos que invocam o nome de Jesus. Daí,
sim, poderemos orar em plena confiança, e aguardar o verdadeiro reavivamento
que certo virá.
Fonte: [Ortopraxia]
Via: [ Tome a sua Cruz e Siga-me ]
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