“Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lucas 12.34).
Temos de… negar a nós mesmos e abandonar qualquer
coisa que obstrui o caminho da salvação da nossa alma. Precisamos dar,
ou seja, demonstrar caridade e gentileza a todos, estando mais dispostos a
gastar nosso dinheiro em ajuda aos outros do que guardá-lo para satisfazer os
nossos propósitos egoístas. Temos de fazer para nós mesmos tesouros
nos céus, ou seja, assegurar-nos de que o nosso nome está escrito no Livro da
Vida, apropriar-nos da vida eterna, acumular evidências de que suportaremos a
inspeção do Dia do Juízo. Nisso consiste a sabedoria e a prudência verdadeira.
O homem que faz o bem a si mesmo é aquele que desiste de tudo por amor a
Cristo. Ele faz a melhor de todas as trocas. Por alguns anos ele leva a cruz
neste mundo; porém no mundo por vir desfrutará da vida eterna. Ele obtém o mais
valioso de todos os bens. Ele leva consigo suas riquezas para além do sepulcro
. É rico em graça nesta vida e no porvir. E, o melhor de tudo, ele jamais
perderá aquilo que obtém pela fé; é “a boa parte” que “não lhe será tirada”.
Desejamos saber o que realmente somos? Procuremos
saber se temos um tesouro nos céus ou se todas as nossas coisas encontram-se na
terra. Você deseja saber qual é o seu tesouro? Perguntemos a nós mesmos o que
mais amamos. Esse é o verdadeiro teste de nosso caráter; é a vitalidade de
nosso cristianismo. Pouco importa o que falamos, o que professamos, o pregador
que admiramos ou que igreja frequentamos. O que mais amamos? Em que estão
colocadas as nossas afeições. Essa é a grande questão. “Onde está o vosso
tesouro, aí estará também o vosso coração”.
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J. C. Ryle (1816-1900), em “Meditações no
Evangelho de Lucas”
Editora Fiel, São José dos Campos,
2011, p.222
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