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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Quando se ora erradamente.



Quando se ora erradamente.




Por: A. W. tozer

Algumas vezes ora-se não só em vão, mas também errado. Vejamos o exemplo: Israel fora derrotado em Ai, e “Josué rasgou as suas vestes, e se prostrou em terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças” (Josué 7:6).

De acordo com a nossa atual filosofia do reavivamento, isso era o que devia ser feito e, uma vez que isso se fizesse continuamente, é certo que convenceria a Deus e Ele acabaria concedendo aquela bênção. Mas, “disse o Senhor a Josué: Levanta-te; por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara... Dispõe-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: ...aos vossos inimigos não podereis resistir enquanto não eliminardes do vosso meio as cousas condenadas” (Josué 7:10-13).

Precisamos de uma reforma dentro da Igreja. Pedir que um dilúvio de bênçãos caia sobre uma igreja desobediente e decaída é desperdiçar tempo e energias. Nova onda de interesse religioso apenas conseguirá adicionar números às igrejas que não tencionam submeter-se à soberania de Jesus e nem buscam obedecer aos mandamentos dEle. Deus não está interessado tan¬to em aumentar a freqüência às igrejas, mas em fazer com que tais pessoas emendem seus caminhos e comecem a viver santamente.

Certa vez o Senhor pela boca do profeta Isaías disse palavras que aclaram este assunto de uma vez por todas: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiro, e da gordura de animais cevados, e não me agrado do sangue dos novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene... Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vos¬sos atos de diante dos meus olhos: cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas... Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.” (Isaías 1:11-17,19.

Os rogos, pedindo reavivamento, só serão ouvidos quando acompanhados de uma radical emenda ou reforma de vida; nunca antes. Reuniões de oração que atravessam a noite mas não são precedidas de verdadeiro arrependimento só podem desagradar a Deus. “O obedecer é melhor do que o sacrificar.” (1 Samuel 15:22.)

Urge voltarmos ao cristianismo do Novo Testamento, não apenas no que respeita ao credo mas também na maneira completa de viver. Separação, obediência, humildade, naturalidade, seriedade, autodomínio, modéstia, longanimidade: tudo isso precisa ser novamente parte vivificante do conceito total do cristianismo e aparecer no viver cotidiano. Precisamos purificar o templo, tirando de dentro dele os mercenários e os cambiadores, e ficarmos outra vez inteiramente sob a autoridade do Senhor ressurreto. E isto que aqui agora dizemos aplica-se a quem escreve estas linhas, bem como a cada um dos que invocam o nome de Jesus. Daí, sim, poderemos orar em plena confiança, e aguardar o verdadeiro reavivamento que certo virá.



domingo, 19 de abril de 2015

Conheci as doutrinas da graça, mas estou numa igreja herética: o que devo fazer?




Para um cristão nascido de novo, é salutar estar numa igreja local, é bíblico que os crentes congreguem e tenham comunhão com outros irmãos. A igreja foi criada por Deus e sua existência não é algo restrito ao Novo Testamento, mas, no Antigo Testamento já vemos a igreja presente com o povo de Israel. No entanto o que estamos nos propondo a refletir neste texto é se basta estar simplesmente numa igreja, isto é, qualquer igreja.

Há “ditos populares antigos” que defendem um ecumenismo evangelical que dizem, “temos o mesmo Deus”, “o que importa é que cremos em Deus”, “nossas diferenças são insignificantes”, “Deus é o Deus de todos”, “a letra mata”, “o mais importante é o amor”, “no céu não terá teologia”. Claro que tais afirmações têm algum fundo de verdade, mas, não podemos dizer hoje ao evangelizarmos alguém, que este procure uma igreja perto da sua casa. A igreja próxima da casa dessa pessoa pode provavelmente ser uma igreja herética ou uma seita, então, estaremos contribuindo negativamente para vida dessa pessoa. Até mesmo ao dizermos procure uma igreja que ensine a Bíblia, muitas igrejas heréticas ensinam a Bíblia, de forma distorcida, mas, ensinam. O que nos resta nesses dias é uma delimitação do que é igreja: o que é uma igreja saudável? O que é uma igreja bíblica? O que é uma igreja verdadeira?


Diante desse problema, temos outro problema comum, pelo menos em minha realidade e na região do país onde moro – há escassez de igrejas bíblicas, reformadas, não somente na teologia, mas no culto, na evangelização e missões.


Estamos vivendo uma efervescência da teologia reformada no país, algo que considero bom, porque ao olharmos a história da reforma protestante, vemos que a popularidade da reforma e a propagação de sua mensagem deram-se em grande parte pela imprensa, que era o meio tecnológico que Deus proveu para sua igreja naquela época. Hoje temos uma popularização da teologia reformada por meio das redes sociais, vídeos, cursos online, livros digitais, etc. É possível fazer um curso teológico com bons professores pela internet, o que em outros tempos somente era possível se houvesse um deslocamento geográfico. No entanto nossa problemática aumenta, e chegamos à pergunta de nosso título. Conheci as doutrinas da graça, mas, estou numa igreja herética: o que devo fazer? A questão não é fácil por alguns motivos que quero listar:
a) O que você entende por igreja herética?
b) Você conhece de forma consistente o que sua igreja professa doutrinariamente?
c) Você já conversou com seu pastor sobre as supostas heresias?
d) Você está sendo movido a sair da igreja por vaidade ou por certeza que os ensinos ali pregados estão distantes da sã doutrina?

Já tive o desprazer de ver uma igreja histórica aderir aos ensinos heréticos do neopentecostalismo. Já tive o desprazer de ver um seminário anteriormente professante da fé reformada aderir o ecumenismo religioso e ao liberalismo teológico. O fato não está longe de nós, ao contrário. Vamos então aos questionamentos supracitados.

O que é uma igreja herética?


Comecemos pelas bases. Uma igreja cristã deve crer na Bíblia como sendo a Palavra de Deus, infalível e inerrante. O posicionamento da igreja sobre a Bíblia é à base de tudo na teologia dessa comunidade local. A Bíblia não somente contém a Palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus. A Bíblia interpreta-se, a Bíblia não está abaixo da autoridade humana ou eclesiástica, a Bíblia não é serva da igreja, mas a igreja deve seguir os ensinos da Bíblia. A Bíblia é um todo completo, ela não precisa de complemento de revelações, profecias, sonhos, visões, ou nela ser anexado algum outro tipo de literatura arrogando a mesma autoridade, a reforma professou Sola Scriptura (Somente a Escritura) e Tota Scriptura (Toda a Escritura). A Bíblia é o guia da verdadeira igreja de Cristo. Se uma igreja põe em xeque essas questões ela é de fato uma igreja herética.


Outro fator que devemos mensurar numa igreja herética é o que ela professa sobre Cristo. Qual é o papel de Cristo nessa igreja? A grande questão muitas vezes não é a que está na confissão doutrinária da igreja, mas, o que na prática ela crê sobre Cristo. Cristo é o criador (Cl 1.13-23; Jo 1.1-3), é o logos (Jo 1.1), a imagem exata de Deus (Hb 1.3), Cristo é Deus (Jo 20.28), Cristo é Suficiente para sua igreja (Cl 2; Fl 2). Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, Cristo ressuscitou em carne (Lc 24.39). Importante considerar o que a igreja diz sobre a Trindade, nosso Deus é um Deus triúno e isso é expresso em vários textos das Escrituras (Gn 1.26-28; Mt 3.13-17; Ef 5.18-21; Jo 14.5). Considere também qual é o parecer sobre a igreja e seu papel, a igreja não é a porta para a salvação, mas, antes, a congregação dos primogênitos, a igreja não salva, mas os salvos estão na igreja. O papel dos líderes é guiar o rebanho com amor e não com domínio sobre a herança de Deus (1 Pe 5.1-3), a finalidade da igreja é glorificar a Deus e não explorar financeiramente os fiéis, a igreja não é um mercado de bênçãos, a igreja não é uma loja de câmbio, igreja não é um ringue de briga entre anjos e demônios. Igrejas que enfatizam mais a obra de Satanás do que de Deus tem algo errado, igrejas que invocam os demônios em seus cultos para “libertação” de almas, estão distantes das Escrituras, o culto foi feito para adoração a Deus e não para o demônio aparecer. Desconfie de igrejas que não possuem rol de membros, nessas, o fluxo de pessoas é interminável, não há cuidado pastoral, só campanhas, ofertas e uma quantidade interminável de pedidos de somas de dinheiro, cuidado!


Você conhece de forma consistente o que sua igreja professa doutrinariamente?


Procure conhecer o que sua igreja professa doutrinariamente, se estivermos falando de igrejas históricas, provavelmente você irá se surpreender e verá que igrejas Batistas, Anglicanas, Congregacionais, Presbiterianas e outras dessas derivadas tem raízes na teologia reformada calvinista. No entanto, antes de qualquer coisa observe os documentos históricos a respeito da doutrina de sua igreja, muitas vezes uma igreja que está dentro de uma denominação, apostata da confissão doutrinária e adere a heresias, infelizmente isso é muito comum e são raras as denominações que escapam disso.


Você já conversou com seu pastor sobre as supostas heresias?


Converse com o pastor da igreja, saiba da boca dele o que ele crê. Observe se ele possui um posicionamento legalista em relação a igreja, tipo: Deus está nessa igreja e tem abençoado meu ministério – nesses casos uma das marcas em falsos profetas é a arrogância e uma posição de “super” pregador. 


Observando sua pregação e ensino muita coisa pode ser deduzida com eficácia, mas, tenha se possível uma conversa particular, haja eticamente, não saia falando mal de todo mundo e metralhando como hereges, seja piedoso e humilde, no entanto, quando necessário seja firme e diga a verdade. Há inúmeros casos de lideres que absorveram ensinos heréticos que são pessoas sinceras e acham que estão seguindo a verdade, muitas vezes precisam ser alertados a arrependerem-se e retornarem a sã doutrina. Há muitos casos de obreiros que tiveram um treinamento teológico fraco e são levados por muitos ventos de doutrina. Em outros casos uma evidência de uma igreja herética começa na liderança, uma liderança monárquica, centralizadora, legalista e avarenta são fortes indícios de uma igreja herética.


Você está sendo movido a sair da igreja por vaidade ou por certeza que os ensinos ali pregados estão distantes da sã doutrina?


Minha preocupação ao pontuar esse caso é que para muitos ser reformado virou moda, é algo que está em alta. Está existindo uma aderência à teologia reformada por muitos pentecostais e evangélicos de denominações arminianas, mas muitos deles só professam teoricamente as doutrinas da graça, querendo justificar uma vida sem comprometimento com Deus, com a Palavra, com a Igreja, com a santificação, com a oração. Um crescimento do hipercalvinismo tem causado muitos problemas na vida de muita gente. Portanto, se sua postura é puramente baseada na vaidade de ser reformado, suas intensões são erradas.


O que devo fazer?


Bom, o fato é se depois de tudo isso realmente a igreja apostatou, se nela não há disciplina, se o homem é colocado no centro como soberano, se a Palavra de Deus não é ensinada fielmente, se a pregação não é algo sério e pautada somente na Escritura, então algo deve ser feito, uma atitude deve ser tomada, afinal, tal igreja está indo contra a vontade de Deus e estar numa igreja assim é por demais ofensivo a um crente fiel a Escritura.


Deus não quer que seus servos estejam embebidos de heresias, que seu povo esteja no erro. Há inúmeros exemplos nas Escrituras, leia as cartas às igrejas da Ásia Menor no Apocalipse.


No entanto, chegamos num ponto nefrálgico. Muitas vezes a pessoa que descobriu a verdade da Escritura tem inúmeros motivos para ficar naquela igreja. No caso de pastores muitas vezes é o sustento e prestígio, em outros casos são laços fraternos, laços familiares, o temor de exclusão de muitos círculos de amizade e até da família. Na verdade nesse tipo de igreja a verdade sempre é negociada, a verdade de Deus é colocada em segundo plano, lembro-me de uma frase de Lutero que muito me foi útil: “A paz se possível, a verdade a todo custo”. Jesus disse que traria espada, divisão, e a verdade de Deus promove divisão. Um dia uma pessoa que estava em uma igreja assim me disse, temo causar divisão. Considero válida a preocupação, mas, quem divide é quem está errado e não quem está certo. Os puritanos não queriam sair de dentro da igreja Anglicana, queriam uma reforma interna. Isso não foi possível e então eles tiveram que sair e assim foi à vontade de Deus.


Outro temor de pessoas que desejam deixar tais igrejas é se serão bem recebidas em outro lugar. É importante dizermos aqui que Deus tem seu povo, e o povo de Deus não está restrito a uma congregação, Deus cuida de nós e nos guia como tem guiado seu povo em toda a história. Mesmo que estejamos num deserto e as decisões sejam difíceis temos a promessa de que o Espírito nos guia em toda a verdade (Jo 16.13). Não negocie a verdade de Deus, ainda que seja necessário perder amigos, relacionamentos, posição de liderança, prefira a vontade de Deus e sua verdade. A reforma protestante zelou pela verdade, mesmo que ela fosse preferível à unidade. A unidade do povo de Deus deve estar pautada na verdade do Evangelho e não na mentira, pois, o pai da mentira é outro (Jo 8.44).


Procure uma igreja biblicamente saudável, não insista em permanecer em uma igreja herética, isso não irá lhe fazer bem. Quando converso com pessoas que estão nessa situação pergunto por que não saíram ainda dessas igrejas; a resposta não me surpreende mais: “Temos muitos amigos lá, nosso convívio social está lá, temos parentes, tememos o que pode acontecer com esses relacionamentos se sairmos...” Claro que não podemos tratar isso de forma simplista, inegavelmente há impactos nesse processo. Mas, a nossa fidelidade ao que Deus diz deve ser maior que nossos relacionamentos, veja o que Jesus ensinou:
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á. ” - Mt 10. 37-39

Obviamente muitos casos devem ter acompanhamento pastoral e aconselhamento. Muitos casos são traumáticos e com isso ocorre também a decepção de muita gente com a igreja e cresce o número dos sem igreja ou de igrejas domésticas. Não temos espaço para tratar disso agora, mas, existem bons livros escritos sobre tais assuntos. 

Quero concluir dizendo que a igreja foi criada por Deus, as portas do inferno não prevalecem contra ela, Cristo ama sua igreja e devemos amá-la também. A igreja está fundamentada em Cristo e Cristo é a verdade (Jo 14.6). Lembre que a verdade e a vida são ligadas ao caminho. Jesus alimenta e cuida da igreja (Ef 5.29). Procure uma igreja bíblica, confessional, em que a Palavra seja genuinamente pregada e ensinada.
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Fonte: Electus


sábado, 11 de abril de 2015

Será que o melhor de Deus ainda está por vir?






“O melhor de Deus ainda está por vir” é só mais uma frase que adentra no âmbito do evangelho brasileiro por meio de uma canção. Na maioria das vezes a situação se repete. Sabemos que a música possui uma característica diferencial no que diz respeito à fixação de um conteúdo na mente, além de ser um excelente recurso pedagógico. Mas, isso tem seu lado negativo, pois uma frase cantada pode muito bem trazer uma inverdade e esta inverdade ser tão propagada, exposta e divulgada que passa a ser uma verdade na mente das pessoas. Além do mais, tais pessoas passam a defender esta inverdade de forma bélica, e ai de quem questioná-los. 

Talvez algum crítico pós-moderno leia este texto e deduza que há uma pretensão demasiada nas seguintes afirmações: inverdade e verdade. O que deve ser levado em consideração às palavras mencionadas anteriormente é o escopo literário que se encontra na Bíblia sagrada, esta é a regra de fé e prática de todo cristão, ou ao menos deveria ser. Neste escopo há diversas informações de que a verdade existe. Mas não só isso, a verdade se fez carne e esteve entre nós (João 1:14 / 14:6). 


É justamente o fato de esta verdade existir, e de Deus ter nos concedido o conhecimento da mesma, que nos leva a refletir sobre a frase inicial deste texto, a saber: “O melhor de Deus ainda está por vir”. Algumas perguntas precisam ser feitas, são elas: Existe algo na atualidade que Deus possa fazer que seja mais importante do que a morte de Cristo na cruz do calvário? Qual benção que alguém possa receber na atualidade é mais importante do que o sacrifício de Cristo? As respostas, de acordo com o escopo bíblico, são as seguintes: não há nada mais importante que o sacrifício de Cristo na cruz e não há nenhuma benção que possa superar a importância de tal ato. Por maior que seja uma benção que alguém recebeu, por maior que seja o feito divino na vida de alguém, nada disso supera em importância o sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Logo, o melhor de Deus não está por vir, mas já veio há muito tempo. 


Algumas pessoas, aquelas que passam a defender uma inverdade como uma verdade, tentam justificar suas errôneas conclusões com as seguintes alegações: “O melhor de Deus será quando todos estivermos no céu”! Perceba que este é um típico caso de alguém que, além de não conhecer a Bíblia, se deixa levar sempre pelo argumento da força e não pela força do argumento. Pergunto: Se cristo não tivesse morrido, se não fosse seu suficiente sacrifício, seria possível habitar no céu um dia? A resposta é não. Logo, a morte de Cristo foi e é o melhor de Deus para seu povo. 


Portanto, com a morte de Cristo é que fomos lavados e comprados com o seu sangue, isso nos dará a credencial de adentrarmos no céu e desfrutarmos de uma eternidade numa perene paz. É pela morte de Cristo que temos condições de lutar contra o pecado, e se não fosse isso não teríamos chance alguma, e muito menos esperanças. 

O melhor de Deus na sua vida e na minha vida não está por vir, mas já veio, chama-se Jesus Cristo!!!

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Divulgação: Bereianos


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Você já fez a oração do inferno?






Antes de falar sobre a oração do inferno, uma pergunta: você ora?

Percebo que há muitos que jamais oram de verdade, comem, bebem, dormem, “defendem” a verdade, escrevem em redes sociais, trabalham, respiram o ar de Deus, andam sobre a terra de Deus, gostam da misericórdia de Deus, seus corpos estão inexoravelmente morrendo... mas orar?

Há muitos outros que oram, mas nada mais é do que mera formalidade, sem pensamentos profundos, sem meditação verdadeira, sem sentido espiritual... apenas frases...


Palavra ditas sem coração são inúteis, palavras ditas sem refletir sobre a Verdade de Deus são inúteis para nossa alma – é como o culto pagão, como os profetas de Baal tocando tambores e retalhando o corpo.


Ninguém pode orar contra o pecado enquanto planeja mergulhar nele. Ninguém pode orar contra o mundanismo se o seu desejo é ser mundano, ser absorvido por ele, ser ocupado por ele... Ninguém pode orar pedindo graça para servir a Deus se não deseja servi-lo em tudo.

Muitos quando estão diante da morte, mesmo tendo falado e ouvido tanto sobre Deus, defendido o ponto de vista de grandes gigantes da fé... porque é perfeitamente possível ser bem versado em apologética de Van Til, no terceiro uso de Calvino da lei... e mesmo assim ser um completo estranho para Deus.

Eu não posso ver seu coração. Eu não sei a sua história particular nas coisas espirituais. Mas pelo que eu vejo na Bíblia e no mundo - Estou certo de que não posso fazer uma pergunta mais necessária do que essa a você - você de fato ora?


Mas você pergunta: Mas e a oração do inferno que você falou? Bem vamos a ela.

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” - Lucas 16:27-28


Aqui Cristo nos dá uma visão panorâmica do inferno! É, Jesus não ficava constrangido em falar do inferno, na verdade, ninguém falou mais do inferno do que Jesus. Há um jovem lá (no inferno), ele era rico, ele estava cercado por uma multidão de tudo que o homem acha constituir o valor da vida e pelo qual um homem deve ser medido. Mas agora ele está desprovido de tudo isso, ele não tem mais nada... dinheiro, bens, juventude... nada disso significa mais nada para ele – ele está no inferno. Sua condenação (Apesar dos Rob Bells, Caio Fábios... da vida) é fixa, e fixada para sempre. Ele não pode obter nada para si, estando desprovido da presença misericordiosa de Deus, tendo apenas a presença da sua Justa e Santa ira, ele não pode obter nenhum descanso para si.

Ele acha, na verdade sabe, que agora é inútil tentar pedir favores para si mesmo. Mas ele tem família, tem irmãos. Na verdade tem cinco irmãos. Será que ele pode evitar a vinda deles para o inferno? Ele vai tentar!

Então ele ora. Ele ora para que Deus faça de Lázaro um missionário para sua família, para ser enviado em uma missão de misericórdia para a casa do seu pai. Ouça sua oração: “Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” – "Envie Lázaro a casa de meu pai!” – Ele achava que se sua família visse o milagre de Lázaro voltando dos mortos, iria crer...


Quem esperaria encontrar uma oração no inferno voltada para os outros e não para si? Quem esperaria encontrar preocupação com os outros no inferno? Tenho que admitir que é muito, muito estranho. Mas aqui está ela! Era tarde demais para ser feita, mas aqui está ela. Intercessão pela salvação de outros no inferno. Será que os Cristãos professos podem ser piores do que uma alma perdida no inferno?

Você tem parentes? Você tem amigos? Você tem...? E qual é o estado espiritual deles? Estão caminhando em direção ao inferno? Eles estão vendo um caminhar completamente diferente em você? Um caminhar onde “o viver é Cristo!?” – Como você age em relação a eles? Este miserável no inferno descrito aqui não pode ir a seus irmãos... mas você pode. A preocupação desse miserável no inferno é maior do que a sua? Você irá testemunhar a eles e treme só de pensar neles naquele lugar de tormento? Quando foi que seus amigos, parentes... ouviram de você a respeito? Quando você escreveu a eles por causa disso? Escreveu com um coração partido como nessa oração feita no inferno? Falou com essa paixão? Quando sua voz foi a eles e ao mesmo tempo Deus ouviu seu grande clamor e viu lágrimas... lágrimas diante do único que é capaz de salvá-los da morte? Quando você lhes enviou uma boa literatura, rogando juntamente a Deus para lhes dar vida por Seu poder Soberano e irresistível?


Almas perdidas no inferno desejariam que alguém fosse enviado a seus parentes ímpios – como esse homem rico – para se possível, evitar sua condenação – mas você negligencia seus parentes, amigos, colegas...? Ao contrário disso eles lhe veem como mais mundano e parecido com eles possível? Eles não estão vendo em sua vida que existe um Deus santo e que esse Deus não pode deixar de punir o pecado? Um Deus que se deleita em santidade como expressão do seu próprio ser?

Você ora e vive assim? O amor de Cristo não tem nenhum poder constrangedor em teu coração? A piedade pelas almas perdidas, das pessoas mais próximas, não tem nenhuma influência em seu coração? O inferno é uma fábula? Seus tormentos são uma ninharia?


Como é possível amar, ser constrangido pelo amor de Cristo, seguir seus passos, se Ele desceu do Céu com o propósito de salvar pecadores – sofreu, sangrou e morreu para isso, se você simplesmente os vê sem piedade, preocupação, intenso clamor, pregação, vida santa...?

Nosso zelo pela glória de Deus é real? Vidas assim (perdidas) vivem para o seu desprazer e afrontam diariamente a Sua glória. Onde está o amor e a glória de Deus aos perdidos? Podemos falar como Paulo que podia dizer que, enquanto esteve em Éfeso, por três anos, ele não cessou de advertir a cada um deles com lágrimas?

Onde estão hoje? Onde estão aqueles que muitas vezes ficam acordados nas horas da noite pelo amor a glória de Deus e a salvação das almas? Que choram diariamente sobre almas descuidadas e que ao mesmo tempo em que oram, os advertem a fugirem da ira que está por vir? Quão poucos por pregação, oração, escrita... insistem para que pecadores se reconciliem com Deus, confiando que assim, no chamado geral, o Espírito chamará eficazmente os que hão de serem salvos!

Que sejamos despertos agora, que Deus nos encha de zelo, para que façamos a oração agora, vivamos assim agora... orações no inferno são inúteis. Que sejamos despertados pelo zelo de ver pecadores convertidos. Que para isso preguemos tão somente a verdade que no poder do Espírito regenera a alma. Sem truques, sem estratégias, sem confiar no braço humano e sua mente. Orando para que ao pregar a Verdade, Cristo envie o Consolador, como quando abriu o coração de Lídia em Atos 16.14: “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.” – convença o homem do pecado e vejamos homens salvos para a glória da Graça infinita de Deus.

Que a oração do inferno não tenha sido registrada apenas para a nossa vergonha:

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” - Lucas 16:27-28

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Fonte: Josemar Bessa