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domingo, 20 de setembro de 2015

Escola Bíblica Reformada - O Conhecimento de Deus - Lição 01








01 | Qual é a coisa mais preciosa que um homem pode ter?

O conhecimento do verdadeiro Deus através de Jesus Cristo, a quem Ele enviou.

Jeremias 9:23-24.

02 | Por que este conhecimento é tão importante?

Porque conhecer a Deus através de Jesus Cristo é ter a vida eterna. João 17:13.

03 | Como podemos conhecer a Deus?

Somente através de Sua própria revelação em toda criação e em Sua palavra
escrita. Confissão Belga, Art. 2; Salmo 19:1-3; 2 Timóteo 3:16.

04 | Deus mesmo se dá a conhecer ao ímpio?

Sim, através de sua criação Deus mostra que Ele é Deus e que Ele deve ser
servido. Portanto, o ímpio é indesculpável. Romanos 1:20.

05 | Há outra coisa que Deus faz conhecida ao ímpio?

Deus testemunha na consciência de todo homem quanto ao certo e errado. Romanos - 2:14-15.

06 | Pode este testemunho de Deus levar à salvação?

Não, pois por meio disto a ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens. Romanos 1:18.

07 | Como Deus se revela ao seu povo?

Por meio das Escrituras, que nos revelam Cristo, o único no qual há salvação. 2 Timóteo 3:16-17.

08 | Deus também se revela ao seu povo por meio da criação?

Sim, à luz das Escrituras vemos que os céus proclamam a glória de Deus, e o
firmamento anuncia as obras das suas mãos. Salmo 19:1.

09 | De que outra maneira Deus se faz conhecido ao seu povo?

Deus se faz conhecido através da história.

10 | Podemos obter este conhecimento de Deus por nossos esforços?

Não. O Espírito Santo deve fazer-nos conhecidas estas verdades por sua obra
em nossos corações. 1 Coríntios 2:10-12.


Atividade Extraclasse

01 | Leia as seguintes passagens e faça uma lista do que a criação revela sobre

Deus: Salmo 19:1-2; 8:1; Romanos 1:20.

02 | Leia as seguintes passagens e explique como a criação revela a Cristo:

Isaias 53:7; Cantares 2:1; Malaquias 4:2.

03 | Leia cuidadosamente o artigo 2 da Confissão Belga e descreva o que diz
este artigo sobre a revelação de Deus.

04 | Leia cuidadosamente Romanos 1:18-25 e responda as seguintes perguntas:

• Deus mostra a sua graça para com todos os homens em sua revelação
na criação?

• O que faz o ímpio com a revelação de Deus na criação?

• Como Deus castiga essa impiedade?

05 | Leia o Salmo 14.1. Este texto explica que alguns homens são ateus?

Explique

sua resposta.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Doutrina da Trindade é BÍBLICA!


PARA COMEÇAR, HÁ UM VERSO DAS ESCRITURAS QUE JÁ REFUTA COM CLAREZA TODA Pretensão UNICISTA.

Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
1 João 5:7

A fé unicista diz:

Nós cremos que existe um só Deus, e que este único Deus é UM, e não três.
(Deuteronômio 6:4 Ouve, Israel! O Senhor Nosso Deus é UM)

Refutação: Através deste verso eles dizem que somente existe um Deus e não três. Bom, Nos evangélicos não cremos em 3 deuses, mas em um único Deus formado pelas 3 pessoas da divindade. Assim como o triângulo tem 3 pontas distintas e a junção dos 3 lados formam essa figura geométrica, assim é nossa crença no Deus triuno. se você tirar uma dos lados do triângulo ele deixa de existir, pois só é triângulo com os três lados juntos, em perfeita unidade. Logo, as 3 pessoas da divindade formam um só Deus.

Exemplos. Deus disse: Deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher e serão dois uma só carne.
então eu pergunto: Como podem duas pessoas serem uma só carne? Existe um mistério aí,claro que existe. Eram duas pessoas que através do casamento passam a ser uma só. Porque elas se tornam uma só carne? Porque elas não buscam mais a gloria individual, mas a glória das duas. Tudo que é para uma é pra outra, elas estão em completa unidade. Então quando Deus olha do alto, não vê duas pessoas ,mas uma só. Tanto que a bíblia diz que se eles não estiverem em comum acordo a oração deles é impedida. Ou seja não é ouvida.

Jesus também orou ao pai dizendo:

“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai Santo guarda-os em teu nome, que me deste para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17.9,11).

Se jesus é o próprio Deus(pai) como então ele pode dizer: "ao passo que eu vou para junto de ti" ? Como uma pessoa pode ir para junto de si mesmo?
Vejam que jesus ainda diz: "para que eles sejam um assim como nós."

Jesus diz que todos os cristãos seriam UM. como pode uma multidão de cristãos se tornarem UM?
Claro que é por causa da unidade, do mesmo ponto de vista, das coisas em comum que buscam Ainda que cada cristão seja individual, por  possuírem o mesmo objectivo, se tornam um, mesmo sendo muitos. Assim é a divindade. Eles formam um Único Deus. Não existe maior ,menor, nem do meio.Existe um Único Deus formado pelas 3 pessoas da divindade. Veja que no final jesus diz" assim como nós." Se Jesus fosse o próprio Deus(pai) ele jamais poderia usar o plural "nós." Este nos mostra que existe mais de uma pessoa na divindade.

Os unicistas gostam também de usar a matemática para dizer que nós adoramos 3 deuses.
eles somam assim: 1+1+1=3 e aí dizem que de fato nos adoramos 3 deuses.
Só que eu também posso usar a matemática pra dizer que Deus é um nas 3 pessoas da divindade.
Vamos ver: 1x1x1=1 Viram senhores unicistas? Mesmo sendo três pessoas distintas na divindade, eles formam UM ÚNICO DEUS.

Não é porque vocês não conseguem compreender os fatos do modo apresentado nas escrituras, significa dizer que estes não existem. Por exemplo, será que dá para vocês me falarem sobre a pré existência de Deus? Como pode um ser não ter princípio nem fim? Não teve começo, não teve pai, mãe e mesmo assim existe desde toda eternidade? Não tem explicação, e mesmo assim nós temos que aceitar. Muitas das vezes ficamos pensando como pode pois nossa mente humana é limitada,mas nem por isso vamos dizer que a divindade não existe desde todos os séculos.

Da mesma forma é com a triunidade de Deus. Não é porque não conseguimos compreender tudo que este deixa de ser como é ou de existir.

Agora vamos falar sobre o texto de Deuteronômio 6v4,em hebraico.

“Shema,Israel:Adonai Elohenu Adonai Echad”

Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt 6.4), diga que Jeová é “único” ou “um”, esta unidade, entretanto, não é absoluta. A palavra único no original “echad” está no construto, revelando uma unidade composta. Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com a mesma idéia de pluralidade em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva ...serão ambos uma só carne (cf. 11.1-6; Ez. 37.17I Co. 6.16-17). Ninguém jamais pensou em fabricar uma imagem de Adão com duas máscaras! A IVV deveria saber que a palavra com idéia de unidade absoluta é yachid, usada em Gênesis 22.2 onde diz “Toma agora o teu filho o teu único filho...” e também Provérbios 4:3 Jeremias 6;26, e não yachad usada no texto em lide.

Ainda levando em consideração o fato de os judeus em seus confrontos com os cristãos não saberem responder a estes sobre a Trindade, resolveram em seu “Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por “yachid”, mostrando uma flagrante contradição com o texto hebraico original.

Vocês estão vendo senhores unicistas? A palavra "echad" no hebraico indica a formação de duas pessoas em uma. Logo quando Deus falou com Adão e Eva que eles seriam um, usou a palavra "echad" para indicar que eram uma unidade, e não a palavra "yachid" mostrando um em absolutismo. Os problemas destas igrejas unicistas é que elas não conhecem nada de grego, nem de hebraico, não pesquisam o original e ficam por aí, inventando ESTORIAS que tiveram a partir de revelações particulares. Deus é um na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Três pessoas da divindade formando um só Deus.

Como sempre, quando as seitas são confrontadas com a verdade das escrituras, logo tentam mudá-las. Dizendo que aquilo não é assim, fazem como os judeus que mudaram até a palavra "Echad" pela palavra "Yachid" para querer desmentir a triunidade divina.

Vamos agora pra Gênesis

ELOHIM

A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gn 1:1, 16,26 e em muitos outros é a forma plural de Eloah. Muitos têm alegado que essa palavra expressa apenas um plural majestático, mas não há um consenso entre os estudiosos e mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não entendendo perfeitamente essa palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico, deram o nome de plural de majestade, entretanto um dos maiores rabinos de Israel, Shimeon Ben Joachi pronunciou a respeito dessa palavra o seguinte:

“ Observai o mistério da palavra Eloim;encerra três graus,três partes;cada uma destas partes é distinta,e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis uma da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo ” (“Como Responder às Testemunhas de Jeová” Vol. I, Ezequias Soares da Silva, editora Candeia)

Voltemos agora ao meu primeiro texto
Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
1 João 5:7

Como os unicistas ficam sem respostas diante deste texto, então logo dizem que este texto foi manipulado pela Igreja Católica Romana para dar base a trindade, conceito este pagão ,criado pela Igreja Católica Romana.

Só que isto é uma mentira descarada de quem ficou sem argumentos. Também porque se a Igreja Católica Romana conseguiu manipular as escrituras, colocando nela textos fraudulentos, logo os unicistas também deveriam desconfiar de todas as escrituras. Pois tudo que está ali também poderia ter sido corrompido pela Igreja Católica.

Esta acusação de que a Igreja Romana falsificou o texto de 1 João 5v7 não tem base pois quem garante aos unicistas que eles também não falsificaram o restante das escrituras? Então só resta aos unicistas crerem em 1 João 5v7, ou pararem de usar a bíblia, já que para eles a Igreja Romana conseguiu falsificar um texto, nada impede deles terem conseguido falsificar mais texto e até toda a Bíblia. Conclusão, os argumentos unicistas não passam de FALÁCIAS!
vou deixar um site que explica melhor sobre 1 João 5:7 e o porquê devemos crer em tal verso. Colem no navegador de vocês e leiam por favor. Está tudo bem explicado no site
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/ObservacoesSobreAutenticidade1Joao5_7-Dabney.htm


Nós cremos que este Único Deus desceu do céu e se revelou à nós através do senhor jesus Cristo.
1 Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.

O que mais me deixa perplexo é que esta igreja unicista diz que 1 João 5v7 foi manipulado pela Igreja Romana, mas omite que neste verso de 1 Timóteo 3v16 foi feito uma mudança.

Eles usam este verso para dizer que "Deus se manifestou em carne", e provar pra seus fieis que foi Deus(pai) mesmo que se manifestou, mas no original não está Deus, não existe Deus no original desta passagem. a palavra Deus neste verso foi acrescentada por tradutores para mostrar que jesus também é Deus, assim como o pai e não um Deus menor como diziam muitos. A Igreja Tabernáculo da vida em especial, faz uso deste verso e diz: olha aqui! Está escrito, "Deus se manifestou em carne". Logo foi o próprio Deus que se manifestou. só que erram grandemente, pois no original não existe o nome Deus,este foi acrescentado por tradutores para mostrar que jesus é Deus, assim como o Pai é Deus, sendo que jesus se rebaixou como servo vindo ao mundo como homem. Não quer dizer que esta pessoa da Deidade é menor que o Pai em poder e glória, ao contrário, é igual só que se rebaixou, se esvaziou de sua glória para ser como homem e assim pagar o resgate por nossa redenção. A esta pessoa da Deidade se fez serva, se fez homem, se fez filho por causa de nós, então quando os tradutores colocaram ai a palavra "Deus" para deixar mais que provado que jesus é Deus assim como o Pai.

Só que como a palavra Deus neste verso ajuda aos unicistas em suas doutrinas heréticas, eles não dizem para seus membros que esta palavra é acrescentada. Já no caso de 1 João 5v7 que desmascara o unicismo com sua modalidade,aí sim eles dizem que foi a Igreja Católica que fez tal coisa, adulterando assim as escrituras. Por que eles não dizem que o verso de 1Timóteo também foi adulterado? Não dizem porque neste caso vale omitir, já que tal verso dá base para a doutrina deles.



Basicamente os textos bíblicos utilizados pelos grupos que defendem a idéia de que Jesus Cristo é o Pai e o Espírito Santo ao mesmo tempo, são:

1 - Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).

2 - Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?

3 -Quem me - vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9)



                      Irei refutar tais versos

1. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).

O artigo “Um” no grego, nesse versículo, está no neutro, hen, e não no masculino, heis, e mostra assim duas pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma pessoa.

Jesus não está dizendo que é a mesma pessoa do Pai, mas que Ele e o Pai, são duas pessoas distintas, em unidade divina. Portanto, João 10.30 deve ser entendido como uma declaração de Jesus da sua unicidade de natureza essencial com Deus, isto é, que Ele é essencialmente igual a Deus

2-3. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9).


Encontramos aqui uma reiteração da mesma substância da declaração do versículo 7 deste capítulo: Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Ver o Pai não consiste em meramente contemplar a sua presença corporal, mas em conhecê-lo. Fica subentendido que não ver o Pai, na pessoa de Jesus, é o mesmo que não conhecê-lo. O Filho é o único expositor do Pai aos homens (Mt 11.27; Jo 12.44-45; Cl 1.15; Hb 1.3; 1 Tm 6.16). O versículo seguinte destrói completamente os argumentos modalistas: “As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. Porventura se eu orasse: “Senhor, permita que as pessoas te vejam em mim”, iria você pensar que eu e Deus somos a mesma pessoa? Claro que não!. Jesus tampouco estava tentando incutir em Filipe que Ele e o Pai eram a mesma pessoa, mas que tão somente Deus poderia ser visto mais facilmente em Jesus pelas obras realizadas através Dele.

A Igreja Tabernáculo da vida(igreja unicista) diz assim em seu credo(tradução minha)
http://www.upcscandinavia.com/livetstabernakel/om%20oss.html

1- Nós cremos que o nome do Pai é jesus(João 5:43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis.)

                              Refutação

No poder e autoridade; por seu consentimento ( de Deus), com sua vontade, e de acordo com a aliança com ele (Deus): Cristo não veio de si mesmo, de sua própria disposição, por um poder separado de sua própria vontade, mas foi chamado, enviado, e veio por consentimento mútuo; e trouxe suas credenciais com ele, fazendo as obras e milagres que o seu Pai lhe deu para realizar:

Somente na concepção dos unicistas e da igreja Tabernáculo da vida, este verso está dizendo que o Pai(Deus) é Jesus. No final do texto Jesus apenas fala que ele veio em nome do Pai e eles não creram e se alguem vier em o próprio nome Dele eles aceitariam. Não diz que Deus é jesus neste verso, uma interpretação chula dos unicistas sem uma exegese das escrituras.

2- Nos cremos que o nome do filho é Jesus (Mateus 1:21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.)
           
                        Refutação

Finalmente eles acertaram aí, o nome do filho é Jesus . Jesus quer dizer: Jeová é salvação. o nome traduzido por JOSUÉ também e Jesus. Logo Jesus era um nome comum entre os judeus daquela época e até de antes da época de jesus cristo
A segunda pessoa da divindade ao assumir a forma terrena recebeu o nome de jesus.
A segunda pessoa da divindade é Deus como a primeira pessoa da divindade Deus. São iguais em tudo. não existe maior ou menor entre Eles. Quando falamos em primeira pessoa, segunda pessoa e terceira pessoa, estamos apenas usando uma linguagem (termo) terrena para apontar as três pessoas da divindade em suas revelações ao homem.

No Antigo Testamento vemos Javé com todo seu poder sendo revelado, enquanto que as outras pessoas da divindade ainda estavam em mistérios ocultos,mas mesmo assim como lemos em Gênesis e em Deuteronômio, a presença das três pessoas da divindade estavam sendo mostradas, mas ainda com um véu.

No Novo Testamento vemos a segunda pessoa da divindade se manisfestando como um filho obediente. Aqui Ele nos ensina a obedecer, a amar a Deus sobre todas as coisas, a amar o próximo e principalmente veio ao mundo como homem para nos resgatar do pecado se oferecendo como cordeiro à Deus.
Nos ensina também como ser filhos, ser submissos.

Os unicistas gostam muito de pegar os termos primeira, segunda e terceira pessoa da divindade para dizer que nós temos 3 deuses onde um é maior que o outro, pois se assim não fosse não usaríamos tais palavras.
Puro engano unicista. Nós usamos este termo não para dizer que existe alguém maior ou menor na unidade da divindade, mas para assim podermos entender as diferentes atuações de cada um. Um atuou no antigo testamento, outro no novo testamento como jesus e o outro esta atuando com a igreja depois que jesus subiu para o pai. Por isto dizemos primeira, segunda e terceira pessoa da divindade e não porque achamos que um é maior que o outro. Ainda que jesus quando esteve aqui na terra dizia que o pai era maior que ele, mas ele dizia isto porque ele assumiu a posição de servo, de filho, se humilhou e se esvaziou de si mesmo,assim, mesmo sendo Deus não quis ser igual a Deus. Por isto jesus dizia sempre que o Pai que O enviou era maior que Ele.
Ele aqui está se humilhando se tornou servo por nós.

3-Nós cremos que o nome do Espirito Santo é Jesus (João 14:26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, Esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.

                                 Refutação

Eu acho que estas igrejas pensam que nós não sabemos interpretar um texto.SÓ PODE SER. Vejam, dizer que neste verso as escrituras estão dizendo que o nome do Espirito Santo é Jesus, só pode ser piada unicista!

Olhem bem o verso em questão: Nele está dizendo que o Espirito Santo é um outro Consolador, e diz ainda que o Pai(Deus) é quem vai enviá-lo em nome de jesus e que este mesmo OUTRO consolador iria fazer-nos lembrar de tudo que Jesus havia ensinado.

Agora me digam senhores unicistas da Igreja Tabernáculo da vida, da Igreja Tabernáculo da fé, da Igreja Voz da Verdade etc... Como pode alguém enviar Ele mesmo, em nome dEle mesmo pra testificar dEle mesmo? Vocês não acham muito estranho? Somente pessoas indoutas, sem conhecimento bíblico acreditam nesta falácia unicista, sem exegese . Os unicistas também gostam muito de dizer que teologia é coisa do diabo, mas se é assim porque eles fazem estudo bíblico em cima de textos isolados das Escrituras para dar base ao seu unicismo de que Deus é Jesus que é o Espirito Santo? Meus caros unicistas! Todo estudo sobre Deus é uma teologia. Teologia vem do grego e quer dizer estudo sobre Deus. Logo, sempre que abrimos as escrituras para estudar, ler, estamos estudando sobre Deus,daí a palavra Teologia. Então fica claro,não tem nada de capeta. O problema dos unicistas é que eles são capetafóbicos. Tudo é capeta ou então Catolicosfóbicos. Tudo eles aprenderam que vem da babilônia católica e não deve ser aceito e ponto final.

Voltemos ao Espirito santo.
Neste texto encontramos a palavra OUTRO que em grego é "allos". Bom já começa que se as escrituras dizem que seria um OUTRO consolador, com certeza não poderia estar se referindo a mesma pessoa. Outro é outro, somente no pensamento unicista que OUTRO é a mesma pessoa. A palavra "Allos"(outro) no grego quer dizer : um outro da mesma espécie, um igual. Vocês se lembram o que escrevi sobre o triângulo? Eles possuem pontas iguais e ao mesmo tempo distintas entre si, porém somente juntas formam um triângulo. Assim é a divindade, três pessoas na divindade formando um Único Deus.

E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e Ele vos dará Outro Consolador (o Espírito Santo), para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai (Ele) enviará em meu nome (Eu), esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará (Ele) lembrar de tudo quanto (eu, Jesus) vos tenho dito (Jo 14.16-26).

Esta passagem deixa mais que CLARO para qualquer um poder entender. Não sei como o unicismo consegue fazer malabarismo com a palavra de Deus omitindo a verdade aos fieis de sua igreja.

como disse acima : seria um absurdo jesus rogando a ele mesmo para mandar outro consolador que seria ele mesmo. Onde já se viu isto?

A Quem Foi Paga a Nossa Redenção

A quem Cristo pagou o resgate? Se for negada a doutrina ortodoxa da Trindade (negando-se uma distinção entre as Pessoas da Deidade, conforme quer o modalismo), Cristo teria de pagar o resgate ou à raça humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que o Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás. Nós, porém, nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia, por causa das implicações. Ao contrário: o resgate foi pago ao Deus Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o pecador caído: E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2) (destaque nosso).

Embora mereçamos o castigo decorrente da justiça de Deus (Rm 6.23), somos justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, somente: E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (1 Co 6.11). Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo carregou nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. O unicismo subverte o conceito bíblico da morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última análise, anula a obra da cruz.

Algumas Provas Bíblicas de Que Jesus Não é o Pai:

Em todo o tempo em que Jesus esteve na terra, o Pai esteve no céu: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus (Mt 5.16). Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus (Mt 5.48).

Jesus disse que confessaria os homens que O confessassem, diante do Pai: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus (Mt 10.32-33).

O Senhor Jesus Cristo está hoje à destra do Pai: E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus (At 7.54-56).

Deus Pai é Pai de Jesus e não Jesus é Pai de si mesmo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor, Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1.3). Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor (2 Jo 3).

Jesus entregou o seu espírito a seu Pai e não a si próprio: E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou (Lc 23.46).

Jesus conhecia o Pai, mas não era o Pai: Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas (Jo 10.15).


Algumas Provas Bíblicas de Que o Espírito Santo Não É Jesus:

O Espírito Santo é um outro Consolador, procedente do Pai e do Filho: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26).

O Filho pode ser blasfemado e o pecador culpado disso encontra perdão. Mas, se o Espírito Santo for blasfemado, essa pessoa não encontra perdão. Isto prova haver duas Pessoas: Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro (Mt 12.31-32).

O Espírito Santo não veio falar de si mesmo ou glorificar a si mesmo, mas sim para glorificar a Jesus: Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar (Jo 16.13-14).

A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi a prova de que Jesus havia chegado ao céu, onde se assentou à destra de Deus Pai: E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado (Jo 7.39). De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis (At 2.33).

Jesus afirmou, mesmo depois da ressurreição, que Ele não era espírito. Portanto, Ele não podia ser nem o Pai (Jo 4.24) nem o Espírito Santo (Jo 14.16-17-26; 15.26;16.7-15), pois esses são seres espirituais: Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho (Lc 24.39).

Distinção muito clara é feita entre as três Pessoas da Trindade: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19). A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós.
Amém (2 Co 13.14).

Será porque o apóstolo Paulo fala desta maneira: A graça do Senhor Jesus cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espirito Santo esteja com todos vós. Amém?

Vocês unicistas não acham que ele deveria dizer assim: Que a Graça de Jesus ,o Amor de Jesus e a Comunhão de  Jesus esteja com todos vós? Afinal pra vocês tudo é Jesus. Se o único nome agora é o nome de Jesus logo Paulo não deveria mencionar Deus nem o Espirito Santo, mas dizer que tanto a Graça, quanto o Amor, quanto a Comunhão deveriam vir por parte exclusiva de Jesus.
Por isto que digo, e volto a dizer: A FÉ UNICISTA NÃO TEM COERÊNCIA! Somente pessoas maus instruídas com respeito a triunidade da divindade caem nas garras unicistas.

Para continuar provando que jesus não é o Deus Pai, a quem nós chamamos de primeira pessoa da divindade, vamos ler em:

Mateus 27:46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?



Os unicistas são unânimes em dizer que Jesus clamou a seu interior. ao espírito que estava dentro dele, só que esta FALÁCIA não tem respaldo bíblico.

1- Ninguém clama a si mesmo. Pensem bem senhores unicistas: eu estou em perigo, prestes a morrer e aí começo a clamar a mim mesmo para me ajudar a mim mesmo? Ou então, estou sozinho em uma situação difícil e digo pra mim mesmo o porque de eu ter me desamparado ? Tem cabimento uma coisa desta?



Já que vocês gostam de Bíblia senhores da Igreja Tabernáculo da Fé, Voz da Verdade e Tabernáculo da Vida. Me mostrem um texto bíblico que diga que Jesus clamou ao seu interior, ao espírito que estava dentro dele. Se vocês me mostrarem este verso... Ou será que vocês dizem isto por causa de uma revelação ESPECIAL,mas que não tem nada de bíblico?

2- Vejam que jesus está dizendo: Deus meu Deus meu, porque me desamparaste. Segundo os unicistas ali dentro daquele corpo estava o próprio Deus pai e que jesus clamava pra este Ser que era o próprio espírito dele. Segundo os unicistas a carne era o Filho e o espirito Deus pai ,mas me digam uma coisa. Neste episódio o espírito ainda não tinha saído do corpo de Jesus. Porque ele clama dizendo que o Pai o havia desamparado, já que o espírito que era o Pai segundo vocês ainda estava dentro dele na hora em que clamava?

Vocês não acham que isto é de uma incoerência tremenda? Não existe lógica. A fé unicista não tem lógica.

                      conclusão

Não existe maior,do meio ou menor na divindade como os unicistas nos acusam quando dizemos 1,2 e 3 pessoa da divindade. Também não existe 1,2 e 3 pessoa, estes são termos usados por nós para melhor compreendermos a revelação de Deus. Todos são iguais em poder, em glória e em majestade, são unânimes. A segunda pessoa que veio ao mundo como Jesus apenas se fez de servo. se humilhou, se esvaziou como está escrito nas escrituras. E assim se fez conhecer. Logo nós humanos conhecemos esta pessoa da divindade como um filho obediente, submisso a Deus.

As três pessoas da divindade formam um Único Deus. Não se tira nem se coloca, somente as três juntas formam um Único Deus. Não é porque isto é difícil de se entender, que deixa de ser uma verdade. Existem muitas coisas que nós não entendemos. Ex: A pré-existência de Deus. Como explicar a existência de um ser sem começo e sem fim? Não é porque isto foge da nossa imaginação humana que este fato deixe de ser verdade na divindade. Logo não é porque alguns cristãos (unicistas) não conseguem compreender o mistério da trindade e optaram por uma forma mais fácil de definir a divindade como sendo uma única pessoa manifestada como Pai, Filho e Espirito Santo . Que a verdade da triunidade de Deus revelada nas escrituras deixa de ser verdade.



Agora, se você acha que com esta nova doutrina que te passaram você descobriu a RODA, a PÓLVORA você pode continuar nela e ignorar todos os pontos e versos bíblicos que mostrei acima. A opção é toda sua, mas lembre-se: em 1 João está escrito:
"Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" (1 João 2:18).

"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 João 2:22).

Veja que joão deixa bem claro que o espírito do anticristo negaria o Pai e o Filho. Dizer que o Filho é o Pai e que o Pai é o Filho e que os dois são a mesma pessoa é negar tanto um quanto o outro. Veja que jesus já havia subido,mas mesmo assim João não diz que quem negasse só Jesus seria o anticristo, mas ele diz que o espirito do anticristo negaria tanto o Pai quanto o Filho. No Verso que joão diz "o que nega o Pai e o Filho" ele deixa bem claro que os dois não são a mesma pessoa. Se o Pai fosse o Filho e o Filho fosse o Pai não haveria necessidade de joão dizer: o que nega o Pai e o Filho". ele diria sobre negar somente Jesus já que para os unicistas Deus Pai se tornou Jesus.



Termino este estudo com João 5:30-32

De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

Se eu der testemunho de mim mesmo, não é digno de fé o meu testemunho.
Há OUTRO que dá testemunho de mim, e sei que é digno de fé o testemunho que dá de mim.



Quero dedicar este estudo à todos os unicistas que o leiam pedindo a Deus que através do Espirito Santo os seus olhos possam se abrir e possam compreender as escrituras como convém.

Dedico também a todo cristão que já crê na triunidade De Deus, mas que ainda tem alguma dúvida sobre o assunto.


                                 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Eventos Imprevisíveis.







O Primeiro Livro dos Reis, capítulo 22, contém um caso impressionante. Micaías, falando como profeta do Senhor, prediz que Acabe, o rei de Israel, cairia na batalha de Ramate-Gileade (1Rs 22. 20 – 22). Acabe disfarça-se na batalha para evitar ser um alvo especial para o ataque inimigo (v. 3). Mas o plano de Deus não pode ser frustrado. A narrativa descreve o evento crucial:

Então um homem armou o arco, e atirou a esmo, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as couraças; então ele [o rei] disse ao seu carreteiro: Dá volta, e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido.” (v. 34)


“Um homem armou o arco, e atirou a esmo”. Ou seja, ele não mirou em qualquer alvo em particular. Uma tradução alternativa seria que ele puxou seu arco “em sua inocência” (ESV[1], leitura à margem). Uma tradução alternativa poderia ser que um homem acertou Acabe, mas ele não sabia que havia feito (ele era “inocente” de saber que era o rei). Qualquer que seja a interpretação que tomemos deste detalhe, devemos observar que a flecha atingiu o lugar correto. Acabe estava vestido de armadura. Se a flecha tivesse atingido a couraça de Acabe, simplesmente ele poderia ter ricocheteado. Se tivesse atingido as fivelas da armadura, a flecha não o teria ferido. Mas, aconteceu haver um pequeno espaço entre as fivelas e a couraça. Talvez, por apenas um momento, Acabe virou ou dobrou de tal modo que uma fina abertura apareceu. A flecha foi certeira, exatamente no lugar certo. Ela o feriu fatalmente. Ele morreu no mesmo dia (1Rs 22.35), tal como Deus o tinha dito.


Deus mostrou naquele dia que ele estava no comando dos eventos aparentemente aleatórios. Ele controlou quando o homem tirou o seu arco. Ele controlava a direção de seu alvo. Ele controlou o momento em que a flecha foi lançada. Ele controlou o voo da flecha. Ele controlou a maneira que Acabe colocou sua armadura no início do dia e a posição que Acabe ficou quando a flecha se aproximava. Ele controlou a flecha quando ela atingiu o exato lugar e entrou fundo o suficiente para produzir dano fatal os órgãos. Ele trouxe Acabe para sua morte.


Para não se sentir muito triste por Acabe, devemos lembrar que ele era um rei perverso (1Rs 21. 25, 26). Além disso, ao ir para a batalha, ele desobedeceu diretamente o aviso que o profeta Micaías dera em nome de Deus. Deus, que é Deus de justiça, executou justo juízo sobre Acabe. A partir deste julgamento deveríamos aprender a reverenciar e honrar a Deus.


A morte de Acabe era um evento de significado especial. Ele tinha sido profetizado de antemão, e o próprio Acabe era uma pessoa especial. Ele foi rei em Israel, um líder proeminente, uma pessoa importante em conexão com a história do povo de Deus no Reino do Norte de Israel. Mas, o evento ilustra um princípio geral: Deus controla os eventos aparentemente aleatórios. Um evento excepcionalmente único, como uma flecha voar em direção a Acabe, não foi narrado como uma exceção, mas como um peso particularmente importante do princípio geral, que a Bíblia ilustra em passagens onde ensinam o controle universal de Deus.


Coincidências


Nós podemos encontrar outros eventos na Bíblia onde o resultado depende de uma aparente coincidência ou causalidade.  

Em Gênesis 24, Rebeca, que pertencia ao grupo de parentes de Abraão, aconteceu de ela sair [para buscar água] justamente depois que o servo de Abraão chegou [ao local]. O servo estava orando e esperando, procurando uma esposa para Isaque, filho de Abraão (Gn. 24.15). O fato é que Rebeca veio justamente no momento certo, era claramente a resposta de Deus à oração do servo. Rebeca, mais tarde, casou-se com Isaque e deu à luz a Jacó, um ancestral de Jesus Cristo.


Anos mais tarde, Raquel, que pertencia à mesma família, aconteceu de sair [para levar as ovelhas] exatamente depois que Jacó chegou (Gen. 29.6). Jacó a encontrou, caiu de amor por ela e casou-se com ela. Ela se tornou a mãe de José, a quem Deus mais tarde levantou para preservar a família inteira de Jacó durante os sete anos de fome (Gen. 41 – 46). Quando Deus preparou Raquel para Jacó, ele estava cumprindo sua promessa que ele cuidaria de Jacó e o traria de volta a Canaã (28.15). Além disso, ele estava cumprindo sua promessa de longo alcance que ele abençoaria os descendentes de Abraão (vv. 13, 14)


Na vida de José, depois que os seus irmãos o tinham jogado em um poço, aconteceu de passar uma caravana de Ismaelitas que estava viajando para o Egito (Gen. 37.25)


A falsa acusação da esposa de Potifar levou José a ser jogado em uma prisão (Gen. 39.20). Aconteceu de Faraó ter se irado com seu copeiro-chefe e seu padeiro-chefe, e aconteceu de eles serem lançados na prisão onde José agora tinha uma posição de responsabilidade (40.1 – 4). Enquanto eles estavam repousavando, aconteceu de o copeiro-chefe e o padeiro-chefe terem um sonho especial. A interpretação de seus sonhos por parte de José o levou, mais tarde, à oportunidade de interpretar os sonhos de Faraó (Gen 41). Esses eventos conduziram ao cumprimento o antigo sonho profético que Deus tinha dado a José em sua mocidade (37.5 – 10; 42.9)


Depois que Moisés nasceu, sua mãe o pôs em um cesto feito de junco e o colocou entre os juncos à margem do Nilo. Aconteceu da filha de Faraó descer ao rio e sucedeu de ela notar o cesto. Quando ela abriu o cesto, aconteceu do bebê chorar. A filha de Faraó teve compaixão e adotou Moisés como seu próprio filho (Êx. 2.3 – 10). Como resultado, Moisés foi protegido da sentença de morte aos filhos machos das hebreias (1.16, 22), e ele “foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios” (At. 7.22). Assim, Deus executou seu plano, de acordo com o qual Moisés seria, finalmente, o libertador dos israelitas do Egito.


Josué enviou dois espias a Jericó. Fora de todas as possibilidades, aconteceu de eles irem à casa de Raabe, a prostituta (Js. 2.1). Raabe escondeu os espias e fez um acordo com eles (vv. 4, 12 – 14). Consequentemente, ela e seus parentes foram preservados quando a cidade de Jericó foi destruída (6.17, 25). Raabe, então, tornou-se uma ancestral de Jesus (Mt. 1.5).


Aconteceu de [Rute] ir para a parte do campo que pertencia a Boaz” (Rt 2.3).[2] Boaz observou Rute, e então uma série de eventos levaram Boaz a casar-se com Rute, que se tornou uma ancestral de Jesus (Rt 4.21, 22; Mt. 1.5).


Durante a vida de Davi, lemos o seguinte registro do que aconteceu no deserto de Maon:


E Saul ia deste lado do monte, e Davi e os seus homens do outro lado do monte; e, temeroso, Davi se apressou a escapar de Saul; Saul, porém, e os seus homens cercaram a Davi e aos seus homens, para lançar mão deles. Então veio um mensageiro a Saul, dizendo: Apressa-te, e vem, porque os filisteus com ímpeto entraram na terra. Por isso Saul voltou de perseguir a Davi, e foi ao encontro dos filisteus; por esta razão aquele lugar se chamou Rochedo das Divisões” (1Sm 23.26 – 28).


Davi escapou por pouco de ser morto, porque aconteceu dos filisteus conduzirem um ataque em um determinado momento, e o aconteceu de o mensageiro chegar a Saul quando ele estava pronto para atacar a Davi. Se nada tivesse acontecido para interferir na perseguição de Saul, ele poderia ter tido sucesso em matar Davi. A morte de Davi teria extirpado a linhagem de descendência que levaria a Jesus (Mt. 1.1, 6).


Quando Absalão articulou sua revolta contra o rei Davi, aconteceu de um mensageiro vir a Davi dizendo: “O coração dos homens de Israel tem seguido a Absalão” (2Sm 15.13). Davi, imediatamente fugiu de Jerusalém onde, se ficasse, teria sido morto. Durante a fuga de Davi, aconteceu de Husai, o arquita, vir encontrar com ele, “com roupa rasgada e cabeça coberta de terra” (v. 32). Davi falou a Husai para ele voltar a Jerusalém, alegando apoiar Absalão e derrotar o conselho de Aitofel (v. 34). Como resultado, Husai foi capaz de persuadir a Absalão a não seguir o conselho de Aitofel sobre a batalha, e Absalão morreu na batalha que, finalmente, aconteceu (18.14, 15). Assim, as coincidências contribuíram para a sobrevivência de David.


Quando Ben-Hadad, o rei da Síria, havia sitiado Samaria, a cidade foi privada de alimento. Eliseu predisse que no dia seguinte, a cidade de Samaria teria farinha e cevada (2Rs 7.1). O capitão permaneceu em expressa descrença, e então Eliseu predisse que ele “veria aquilo...mas...não comeria” (v. 2). No dia seguinte, aconteceu de o capitão ser atropelado, na porta, pelo povo que saiu e saqueou o acampamento atrás de alimento (v. 17). “Ele morreu, como o homem de Deus havia dito” (v. 17), vendo o alimento, mas não vivendo para participar do mesmo. Sua morte foi um cumprimento da profecia de Deus.


Quando Atalia estava prestes a usurpar o trono de Judá, ela se comprometeu em destruir  todos os descendentes da família de Davi. Aconteceu de Jeoseba estar ali, e ela pegou Joás, o filho de Acazias e o raptou e o escondeu (2Rs 11.2). Assim, a linhagem da descendência de Davi foi preservada, o que tinha de ser o caso se o Messias deveria vir da linhagem de Davi, como Deus havia prometido. Joás foi um antepassado de Jesus.


Durante o reinado do rei Josias, aconteceu de os sacerdotes encontrarem o Livro da Lei, quando eles estavam reparando os recintos do templo. Josias o tinha lido e, então ele foi estimulado a inaugurar uma reforma espiritual.


A história de Ester contém muitas coincidências. Aconteceu de Ester estar entre as jovens mulheres que foram levadas ao palácio do rei (2.8). Aconteceu de ela ser escolhida para ser a nova rainha (v. 17). Aconteceu de Mardoqueu descobrir os planos de Bigtã e Teres contra o rei (v. 23), e aconteceu de o nome de Mardoqueu ser incluído nas crônicas do rei (v. 23). A noite antes de Hamã planejar enforcar Mardoqueu, aconteceu de o rei perder o sono (6.1). Ele pediu para um assistente ler as crônicas, e aconteceu do assistente ler a parte onde Mardoqueu tinha descoberto o plano contra o rei (v. 1, 2). Aconteceu de Hamã ter entrado no pátio do rei exatamente naquele momento (v. 4). Toda uma série de acontecimentos operou para conduzir a Hamã a ser enforcado, os judeus resgatados e Mardoqueu ser honrado.


O livro de Jonas também contém eventos que agiram juntos. O Senhor enviou uma tempestade no mar (Jn. 1.4). Quando os marinheiros lançaram sorte a fim de identificar a pessoa culpada, “a sorte caiu sobre Jonas” (v. 7). O Senhor deu ordens ao peixe para que engolisse Jonas (v. 17). O Senhor deu ordem ao peixe para que a planta crescesse (4.6), ao verme que atacou a planta (v. 7), e em seguida, a ardência do sol e do “vento oriental abrasador” (v. 8).


Aconteceu de Zacarias, o sacerdote, esposo de Elisabete, ser escolhido pela sorte a oferecer incenso no templo (Lc 1.9). O tempo era extremamente oportuno, pouco antes da concepção de João Batista e da vinda de Jesus (v. 24 – 38).


Quando Dorcas morreu em Jopa, aconteceu de Pedro estar próximo em Lida (At 9. 32, 38). Aconteceu de os discípulos em Jopa ouvir que ele estava ali. Então, eles enviaram a Pedro e, como resultado, Dorcas foi trazida de volta à vida.


Quando o Apóstolo Paulo estava na prisão, aconteceu de o filho da irmã de Paulo ouvir sobre os planos dos judeus para matar Paulo (At. 23.16). Ele transmitiu a notícia ao comandante romano, da tribuna, que tinha seus soldados levado Paulo para Cesárea. Paulo foi salvo de morto por causa uma causalidade.


Poderíamos multiplicar exemplos deste tipo. A tempestade e o peixe que o Senhor enviou a Jonas podem ser considerados miraculosos, mas a maior parte temos nos concentrado sobre incidentes em que um espectador pode notar nada de extraordinário. Em cada caso, a narrativa como um todo mostra que Deus estava realizando seu propósito. Ele esta no controle desses eventos aparentemente “coincidentes”. Poderíamos listar muitos incidentes na Bíblia de tipos muito mais extraordinários, onde Deus exerceu poder miraculoso. Ele enviou as pragas sobre o Egito, dividiu as águas do Mar Vermelho, deu maná no deserto.


Vemos uma suprema exibição do controle de Deus quando olhamos algumas dos eventos aparentemente “coincidentes” durante a crucificação e morte de Jesus.


Quando Jesus foi crucificado, aconteceu de os soldados lançarem sorte para dividir suas vestes. Eles, assim, cumpriram a Escritura,


Repartiram entre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura lançaram sortes.” (João 19.24; Sl 22.18)


Quando Jesus morreu, aconteceu de um dos soldados perfurar um lado com uma lança, cumprindo a profecia:


Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” (Jo. 19.34)


E outra vez diz a Escritura: “Verão aquele que traspassaram. (Jo. 19.37, citado de Zac. 12.10)


Depois da morte de Jesus, José de Arimatéia, um homem rico (Mt 27.57), levou o corpo de Jesus e o colocou em seu próprio sepulcro, que aconteceu de ser ali próximo e que estava vazio. Ele, então, cumpriu a profecia:


E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, e o pôs no seu sepulcro novo.” (Mt 27. 59, 60)


E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte;” (Is 53.9)


Em Atos, os crentes tomaram coragem quando eles refletiram sobre como Deus tinha controlado os eventos da crucificação de Jesus (At. 4. 25 – 28). Eles oraram para que Deus continuasse a agir com poder em suas vidas:


Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.” (At. 4. 29 – 31)


Deus é o mesmo hoje. Podemos inferir que Deus está no controle em todos os eventos aparentemente coincidentes em nossas vidas. Todos nós temos de encarar eventos que não temos controles: “tempo e acaso acontecem a todos” (Ecl 9.11). É um grande conforto saber que Deus controla tais coisas, por Deus saber o que ele está fazendo. Romanos 8.28 relembra-nos que “para aqueles que amam a Deus, todas as coisas cooperam para o bem, para aqueles que foram chamados segundo seu propósito”. Louvemos a Deus por sua majestade. E confiemos o futuro a Deus, incluindo as “coincidências” e as “causalidades”.


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Notas:
[1] English Standard Version.
[2] A Almeida 21 traduz: “por coincidência, aquela parte da plantação pertencia a Boaz”. A Almeida Fiel traduz: “caiu-lhe em sorte...”

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Fonte: POYTHRES, Vern. Chance and the Sovereignty of God: A God-Centered Approach to Probability and Random Events. Wheaton, Ill: Crossway, 2014, p. 31 – 39).
Tradução: Rev. Gaspar de Souza



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Introdução à doutrina da Trindade.







Uma das objeções mais formuladas por aqueles que combatem a doutrina da Trindade é que ela não tem embasamento bíblico, segundo eles alegam, daí a promoverem uma visão unicista da essência divina. A meu ver, há 3 abordagens para responder a esta objeção, sobre se a Bíblia dá ou não dá suporte à doutrina da Trindade (ou do Unicismo):

A primeira é que, conforme a multiplicidade de igrejas e dissensões prova por si só, a Bíblia dá margem não só à sã doutrina (que é objeto constante das cartas de Paulo a Timóteo - 1 Ti 1:3, 6:3; 2 Ti 1:13 ), como também a pequenas variações doutrinárias que não influem decisivamente no conjunto da obra redentora de Cristo (forma de batismo, guarda da Lei, dons espirituais, etc.).

A segunda é que esta multiplicidade de interpretações, principalmente com textos isolados de difícil explicação, dá também vazão às mais variadas aberrações doutrinárias, como se pode facilmente perceber. Por exemplo, os Testemunhas de Jeová dizem que Jesus não é Deus, os mórmons batizam pelos mortos e têm livros 'adicionais' à Bíblia, e por aí vai.

A terceira é a resposta, propriamente dita, à objeção: a Bíblia NÃO DÁ suporte à versão "mecânica" unicista da essência divina. E isto por razões relativamente muito simples, que passo a explicar:
A questão da doutrina da Trindade é central no cristianismo. Não é por outra razão que ela foi profundamente discutida na origem da Igreja Cristã. A primeira preocupação dos apóstolos e dos cristãos que os seguiram foi defender o fato de que Jesus é, de fato, Deus, ou seja, a doutrina da Encarnação. 

Não foi uma disputa fácil, pois o gnosticismo e o arianismo (as Testemunhas de Jeová são arianas, por exemplo) eram forças poderosas que ameaçavam minar as doutrinas básicas da Igreja Cristã. Após terem sido combatidas e vencidas, e a doutrina da Encarnação ter sido reconhecida como fundamental, os líderes da nascente Igreja Cristã (que ainda não era a Igreja Católica como a conhecemos hoje, temos que reforçar essa verdade), se depararam com a questão da Trindade, que, mesmo com todas as evidências bíblicas, era negada pela facção minoritária dos modalistas em geral (sabelianismo, monarquianismo, patripassianismo, subordinacionismo, etc.). De forma resumida, eles criam na Encarnação (razão pela qual – a princípio - não se misturaram com os arianos e gnósticos), mas afirmavam que não havia 3 Pessoas distintas - eterna e consubstancialmente coexistentes - no Deus Único cristão. Para eles, o Deus cristão é absolutamente Único, sem qualquer distinção de Pessoas, mas que se apresenta em manifestações ou modos (daí o 'modalismo') distintos.

Ora, nunca é demais insistir no argumento de que, se Deus é absolutamente Único, e não há nEle nenhuma distinção entre Pai, Filho e Espírito Santo, então o fato incontornável é que esse Deus absolutamente Único morreu absolutamente na cruz, e o mundo ficou sem Deus da sexta-feira da Paixão ao domingo da Ressurreição, o que é claramente absurdo. Por outro lado, se Jesus era apenas uma 'manifestação', uma espécie de 'extensão de Deus', como dizem os unicistas, então o fato é que não foi Jesus, 100% homem e 100% Deus, que morreu na cruz, mas uma espécie de 'espectro substituto' do sacrifício que Deus fez de SI MESMO pelos nossos pecados, conforme dizem, entre outros textos, Isaías 53 e Filipenses 2:

5. Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6. o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar,
7. mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens;
8. e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.

Ou seja, a prevalecer o entendimento unicista, ou Deus morreu INTEIRAMENTE na cruz, ou quem morreu (Jesus) era apenas uma 'extensão' dEle, e nesse caso, podia ser qualquer outro ser humano, ou mesmo um anjo, já que a idéia (absurda) é exatamente essa de um sacrifício, digamos, 'menor'. Neste caso, portanto, NÃO HÁ SALVAÇÃO. Ou seja, mesmo que os unicistas fossem, a príncipio, defensores da doutrina da Encarnação, as suas idéias terminam levando, em última instância, à negação da própria doutrina da Encarnação!!!!

A doutrina da Trindade, ainda que inalcançável à razão (como sempre insisto), é a única que admite que, de fato, foi Deus quem morreu na cruz, conforme predito pelos profetas e confirmado pelos apóstolos. Naquela cruz estava Jesus Cristo, 100% Deus e 100% homem, morrendo pelos nossos pecados, já que era impossível ao homem salvar-se a si mesmo, e mesmo assim o mundo não ficou sem Deus enquanto Jesus desceu à sepultura.

Foi por esta razão que os pais da Igreja primitiva não contemporizou com a tese unicista, porque sabiam que, a prevalecer essa idéia, a salvação de Cristo Jesus estaria ANULADA, pelas razões que já comentei anteriormente. Não foi por má vontade, por dificuldade de diálogo, por uma cosmovisão mais ampla, por vontade de falar bonito, que a doutrina da Trindade foi defendida pela Igreja nascente e prevalece até hoje, mas por absoluta necessidade, por ser a doutrina da Trindade FUNDAMENTAL para explicar a SALVAÇÃO, ou seja, que o mundo não ficou sem Deus durante a paixão, crucificação e morte de Cristo, e que foi Deus, de fato, quem morreu oferecendo-se a Si mesmo como sacrifício pelos nossos pecados. É exatamente esta salvação que não existiria, se prevalecesse a idéia unicista.

O concílio de Nicéia, em 325 d.C., apenas oficializou o que JÁ estava nas Escrituras, e representava aquilo que a imensa maioria da Igreja JÁ cria nos 3 séculos anteriores, e felizmente crê até hoje. 

Os unicistas, espertamente, sabendo que é 'bonito', entre os evangélicos, falar mal dos católicos romanos, dizem que "foi a Igreja Católica que, atendendo às ordens de Constantino, "impôs" a doutrina da Trindade", o que é uma mentira histórica, por duas razões básicas:

1) A Igreja Católica, na época, era o que o nome 'católico' em grego significa exatamente: uma igreja 'universal'. Não havia ainda, como os católicos afirmam, uma supremacia do bispo de Roma, o 'papa', tanto que o 'papa' Silvestre I, inimigo de Constantino, nem compareceu ao Concílio de Nicéia. A Igreja de então era universal, em que os principais bispos (ou 'patriarcas') eram os de Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. A supremacia do bispo de Roma, o 'papa', só veio a se estabelecer mais fortemente a partir do século VI, e somente sobre a ala ocidental da Igreja, já que a ala oriental (modernamente, os 'ortodoxos'), NUNCA a aceitou e continuou sendo governada pelos 'patriarcas' principais.

2) Constantino, que, segundo os unicistas, teria imposto a doutrina da Trindade, morreu ariano. Tecnicamente falando, ele morreu como uma espécie de Testemunha de Jeová do séc. IV. Ora, como é possível que ele 'impusesse' a doutrina da Trindade no Concílio de Nicéia se ele nem cria que Jesus é, de fato, Deus? Logo, o Concílio de Nicéia decidiu algo contrário ao que o próprio Constantino cria. Como é que alguém impõe algo no que não crê?

Portanto, feitos esses esclarecimentos, não há como aceitar as teses unicistas, não há como fazer um 'acordo' delas com a doutrina da Trindade, porque elas anulam o que os cristãos têm de mais valioso, que é a SALVAÇÃO.