A palavra
Credo é do latim “credo”, que denota uma postura ativa de “eu creio”. Eu creio,
logo eu confesso (Credo, ergo confiteor). A origem do credo está na natureza do
crente. Segundo o ensinamento de Jesus Cristo, registrado nos Evangelhos (Novo
Testamento), a pessoa que desejasse segui-lo deveria assumir um compromisso
público. A confissão pública da fé e o batismo com água marcavam o início da
vida cristã do seguidor de Jesus. Veja o exemplo nos versículos seguintes:
“
Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está no céu” (Mateus 10:32).
“ Quem
crer e for batizado será salvo” (Marcos 16:16).
Na Igreja
Cristã Primitiva, da experiência de fé do crente, o credo passou a ser uma fórmula
fixa que resumia os artigos essenciais da religião cristã, sempre com a sanção
de uma autoridade eclesiástica. O propósito dos credos sempre foi o de
expressar verdades bíblicas essenciais. Os credos tiveram sempre quatro
funções:
1.1
–
Batismal.
Confissão
de fé recitada pelo fiel na hora do batismo (Rm.10:9-10).
1.2
–
Instrutivo.
Após o
batismo servia como roteiro para a instrução catequética na doutrina cristã.
1.3
–
Doutrinário.
Com o
surgimento de tantas heresias, o credo tornou-se como uma chave para a
compreensão correta da Bíblia.
1.4
–
Litúrgico.
Durante o
ato de culto, o credo passou a ser recitado como uma expressão de adoração a
Deus.
Os credos
mais importantes da Igreja Cristã, elaborados e aprovados nos primeiros séculos
são: Credo Apostólico, Credo Atanasiano, CredoNiceno-Constantinopolitano e
Credo de Calcedônia. Estes são eclesiasticamente chamados de “Credos
Ecumênicos”, pois expressam o pensamento doutrinário da Igreja Primitiva como
um todo, nos primeiros cinco séculos da era cristã. Também porque receberam a
sanção de concílios eclesiásticos e ecumênicos da Igreja Cristã: Nicéia (325),
Constantinopla (381), Éfeso (431) e Cancedônia (451).
13/06/2014